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T & D

TREINAMENTO
              E
DESENVOLVIMENTO


                                                                       T & D

Introdução


Atualmente, os gestores de empresas, devido à competitividade, procuram no mercado pessoas ousadas, ágeis, empreendedoras, dispostas a assumir riscos e que assumam o papel de educadores organizacionais, quando se faça necessário.

Como isso nem sempre é possível, já que muitas vezes a pessoa tem essas características, porém carece de conhecimentos específicos requeridos para o desempenho do cargo, ou o contrário, O investimento em T&D visando preparar profissionais especializados e valorizados, ainda é a melhor solução para as atuais e vertiginosas mudanças.


Definição


A missão de T & D é capacitar as pessoas no convívio com a realidade de seus próprios negócios ou da (s) organização (ções) na(s) qual (ais) atuem.

Estratégias


1- Desenvolver os passos necessários para ensinar e disseminar os princípios, diretrizes, normas e procedimentos organizacionais, permeando todos os níveis da empresa.

2- Gerar competitividade.

3- Flexibilizar o máximo possível o processo de ensino. O ideal seria um T &D individualizado, o que possibilitaria grandes ganhos de tempo e custos muitos baixos. Num processo tipo "treinamento programado a distancia", o treinando se prepara e avalia sozinho, normalmente fora dos horários de trabalho, o que lhe permite estabelecer seu cronograma com mais liberdade.

4- Treinar uma rede de negócios (produtores, fornecedores, clientes e parceiros) nos processos de geração de bens, serviços ou comunicações, que ocorrem ao longo de suas cadeias "insumo- processo- produto" e afetam sua produtividade.

5- Gerar materiais que estabeleçam habilidades duráveis e promover o autodesenvolvimento, a auto-estima e a qualidade de vida dos treinados.


Conceitos


1-Treinamento

É a educação profissional que visa adaptar o homem ao trabalho, preparando-o adequadamente para o exercício de um determinado cargo. O treinamento pode ser aplicado a um indivíduo, área funcional ou a toda a organização.

A ação é orientada para condicionar às pessoas a execução das funções do cargo.

2-Desenvolvimento

Sua meta é aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados, a fim de torná-los futuros membros valiosos da organização.

O propósito, orientado ao desempenho de novas funções, é incrementar os níveis de conhecimento, habilidades e capacidades das pessoas para que façam frente a novos desafios.


Vantagens do T&D


1- Ao implantar T &D uma empresa conquista a capacidade de melhorar a qualidade de seus produtos. Portanto, T & D aporta ganhos em competitividade e qualidade.

2- T &D identifica os pontos fortes e débeis das pessoas e da organização como um todo. É importante entender que o verdadeiro

T & D consiste numa relação de troca, na qual todos saem ganhando. As pessoas ganham conhecimento, habilidades, motivação e

crescimento na empresa. A organização por sua vez, melhora sua qualidade, competitividade e capacidade para reduzir custos. O

retorno sobre a inversão, assim como novos patamares de lucros, são conseqüências naturais a médio e longo prazo. A empresa conquista novos clientes ou mercados.

3- As pessoas se sentem mais seguras quando dominam a atividade que exercem. Trabalhador seguro do que faz é trabalhador motivado e produtivo.

4- Quando existe interação entre o binômio: "Empresa- Indivíduo" a possibilidade de ganhos qualitativos aumenta, o que leva a redução de retrabalhos e desperdícios a sua mínima expressão.

5- As pessoas ao estarem dispostas a aprender e se desenvolver, tendem a estreitar laços no intuito de melhorar a relação entre elas. Isto, naturalmente, proporciona um clima organizacional saudável.


Quando treinar o desenvolver


1- Quando as pessoas não estão preparadas para estabelecer metas compartilhadas ao longo da cadeia hierárquica e em suas áreas funcionais. É preciso entender que as estratégias- "os que fazer"- de um nível, se convertem nas metas- "os como fazer"- dos níveis imediatamente inferiores e assim sucessivamente, desde o topo até a base da organização. Esta democratização, isto é, quando o chefe diz ao subordinado "o que fazer", deixando a seu critério a melhor forma de "como fazer", somente é possível quando existe confiança, em um, para delegar, e no outro, experiência para cumprir com a tarefa delegada. Em ambos os casos, as condutas não são natas, senão adquiridas, via de regra por treinamento e/ou formação. O processo democrático numa organização tem seus limites, ou em outras palavras, uma empresa não é um "Country Club" onde cada um faz o que quer o lhe parece. Nesse sentido, as "diretrizes" são autocráticas, enquanto que os "processos" são democráticos.

2- Quando se detecta que os conhecimentos, as habilidades e as capacidades das pessoas necessitam ser melhoradas, para que possam atender cabalmente os requisitos de suas funções. Por essa via, o treinamento elimina retrabalhos, desperdícios ou gargalos.

3- Quando existem falhas nas comunicações, isto é:

- Mensagens confusas.

- Falta de recursos que viabilizem as comunicações.

- Informalidades: as comunicações não são seguidas ou propositadamente alteradas.

- Problemas interpessoais: quando as pessoas não se comunicam ou se ressentemumas das outras o que leva a estancamentos ocultação ou deturpaçõesdas informações.

4- Quando se faz remanejamento de pessoas para substituir outras, em funções

distintas as suas.

5- Quando se implantam novas tecnologias ou procedimentos.

6- Quando se atualizam equipamentos e maquinarias da organização.

7- Para nivelar recém- formados com conhecimentos aquém do desejado, o que ocorre muito no Brasil, devido a problemasrelacionados com políticas governamentaisescolas de nível superior e falta de interação entre institutos educacionais e empresas.

 8- Finalmente, quando os gestores da organização não ajustam o treinamento as naturezas das funções em questão, eles devem ser

 capacitados para realizar um diagnóstico organizacional. Todas aquelas organizações que  aprendem de seus erros estão ligadas a um

processo sistêmico de analisar os processos e, por isso, são vitoriosas.


Responsabilidade pelo T & D


Toda pessoa que dirige direta e indiretamente outras pessoas tem a responsabilidade de orientar, treinar, desenvolver e motivar seus subordinados, realizando ele mesmo a função ou solicitando a área de Recursos humanos a cobertura das necessidades ou ainda contratando recursos externos para que o façam. Em qualquer dos casos, ele é o responsável primário pela identificação e satisfação das demandas, seguimento e controle das ações e, avaliação de resultados.


Para que treinar ou desenvolver


1- Adequar as pessoas à cultura organizacional: é comum que exista gente fora de sintonia com a cultura da empresa.

2- Mudar atitudes: muitas pessoas ensinam, outras, a fazer as coisas como lhes foi passado, em vez de pensar em novas e melhores maneiras de atuar, ou seja, inovar. Faziam dessa forma seus antigos chefes, que aprenderam com seus chefes anteriores, e assim sucessivamente. Muitas vezes a coisa remonta até os primórdios da organização. A célebre frase: "sempre se fez desse jeito. Por que mudar?

3- Adaptar pessoas: mudanças muito rápidas acontecem atualmente nas organizações. É necessário prepará-las para a utilização de novas tecnologias ou mudanças comportamentais.

4- Maximizar o desempenho profissional.

5- Preparar pessoas para remanejamentos; o treinamento não deve ser aplicado somente para suprir deficiências de desempenho, senão também para preparar os indivíduos a exercitar novas funções num futuro próximo (planos de carreira).

6- Reduzir custos: através da maximização de conhecimentos, habilidades e capacidades, é que se logra a otimização de custos, gastos e lucros.


Quantificação de resultados de T & D


Objetivos não mensuráveis são apenas declarações de boas intenções. O T &D deve estabelecer datas limites que reflitam resultados relevantes, através de indicadores adequados a cada caso.

Exemplo: um mês depois do treinamento, os operadores deveram produzir 100 (cem) peças diárias, dentro das tolerâncias estabelecidas.

Indicadores:

- efetividade: número de peças produzidas = 98%

                        número de peças programadas

- eficiência: número de peças programadas –(nº de peças com defeito + nº de peças não produzidas) /número de peças programadas= 96%



-eficácia: eficiência = 95%

                  efetividade

Note bem:

- Efetividade é fazer o que tem que ser feito.

-Eficiência é fazer bem o que deve ser feito.

-Eficácia é fazer o que deve ser feito, fazendo-o bem na primeira tentativa. Eficácia no caso é sinônimo de produtividade.


Níveis de T & D


Gerencial: para posições executivas ou de gerência.

Técnico: para ocupante de funções especializadas.

Nivelador: para suprir problemas de limitações, como, por exemplo, escolaridade.

Amplo: para toda a organização. Geralmente são treinamentos na área de relações humanas.


Meios de T & D.


1- Workshop

São reuniões, facilitadas por um consultor, realizadas com pessoas que tem objetivos comuns ou compartilhados. Podem ser aplicados a um grupo funcional ou equipe multidiscliplinária. Baseiam-se na troca de experiências no contexto real da empresa. Geralmente tem a duração de um dia, podendo em alguns casos estender-se por mais tempo (dois ou três dias), quando geralmente são chamados de "task force". Quando se reúne especialistas de várias áreas para realizar trabalhos por projeto, costuma-se denominá-los "grupos ad hoc".

Nota: As chamadas "salas de aula", representadas pela figuras de professores que, com certo formalismo e autoritarismo, difundem conhecimentos a grupo de leigos, são, cada vez mais, substituídas por workshops e grupos ad hoc, os quais se baseiam em dinâmicos processos participativos.

2- Coaching

Trata-se do monitoramento feito por uma pessoa que domina cabalmente uma

função, a outra (s) que ainda não possui (em) conhecimentos, habilidades ou capacidades para efetuá-la sozinha. Cabe destacar que, a responsável pela execução da atividade é a monitorada, baixa a orientação da coaching.

Às vezes este processo é denominado "treinamento no trabalho.

3- Mentoring

Processo similar ao anterior, porém mais voltado para o desenvolvimento. Trata-se de potencializar a capacidade do tutorado através de uma parceria voltada para o sucesso e baseada num compromisso com a verdade.

4- Videoconferências

Muito utilizadas por empresas dispersas geograficamente, pois reduz bastante o custo com a difusão. Possibilita, ademais, reuniões virtuais para a tomada de decisões.

5- Intranet / Internet

Possibilita que as informações sejam divulgadas com rapidez e facilidade. Intranet é um espaço para divulgar materiais como

textos, para que o corpo funcional possa ler, aprender e internalizar conhecimentos e conceitos. Já a internet permite o acesso a

cursos virtuais de extensão, técnicos ou de especializaçã0

6- Universidade corporativa

Em sínteses, trata da inter-relação Universidade (s) / Empresa (s). Geralmente se da através de convênios visando manter os

profissionais do negócio em contacto com processos educacionais ligados as práticas da empresa.

É um método eminentemente voltado para as necessidades reais das corporações, em contraposição ao clássico modelo

universitário mais generalista e teórico, onde as práticas são simuladas em laboratórios e não no dia a dia produtivo; ou no "chão

de fábrica" como se costuma dizer. Nesse caso, o corpo docente universitário visita as empresas y ajusta o teórico- prático as suas

necessidades e realidades. Diz respeito ao desenvolvimento de pessoas das organizações, clientes, consumidores, fornecedores,

franqueados, terceirizados e até mesmo a comunidade na qual se encontram as empresas, tanto em seu micro como macro

entorno.

A universidade corporativa atende as estratégias corporativas de uma organização, onde a visão comum de T & D cede lugar à

ousadia e quebra de paradigmas.

6.1- Metas da Universidade Corporativa

-Difundir os valores e a cultura das empresas.

- Habilitar líderes a desenvolverem capacidades críticas.

-Funcionar como instrumento de reciclagem e atualização.

- Fazer permear a a educação em todos os níveis.

- Suportar a formação de sucessores (quadro de relevo) da população executiva.

-Possibilitar a educação e o desenvolvimento através da metodologia de estudos de casos.

-Implantar e reforçar a cultura de qualidade total.

6.2- Limitações da Universidade corporativa

-Mobilização de recursos.

-Disponibilizar os recursos sem afetar as rotinas ou o bom andamento dos negócios.

-Custos dos processos.

-Programas de moda: às vezes, determinado grupo da empresa consegue vender a direção "novos lançamentos" que não atendem

as suas necessidades. Citando um exemplo, houve uma época (anos 80) que "kan ban" ou "justing time" eram as coqueluches do

momento.

-Resistência dos treinados: não é incomum as pessoas acreditarem que já sabem o suficiente para exercer suas funções, não

precisando, portanto, regressar "ao banco" das escolas.

-Dificuldade dos treinados em perceber seu próprio crescimento: como o aperfeiçoamento é um processo de longo prazo, se

questiona ter sido convocado para participar de uma atividade, a qual aparentemente não está lhes aportando nada.

-Torn over (rotação): ocorre quando uma pessoa, por sentir-se mais valorizada no mercado, pouco tempo depois da formação,

Pede demissão.

-Remanejamento: uma pessoa que se sentia em harmonia com seu ambiente de trabalho, ao voltar do treinamento e ser movida

para outra área, devido ao processo de aclimatação, pode sentir-se incomoda, ameaçada ou desmotivada. Sobre isso, não existe

absoluta certeza de sucesso. Às vezes a coisa pode resultar num rotundo fracasso.


Etapas do T & D


1ª etapa: Diagnóstico

-Por que treinar e desenvolver?

- Para que treinar e desenvolver?

-Quem deve ser treinado e desenvolvido?

-Quando as pessoas devem ser treinadas e desenvolvidas?

2ª etapa: Planejamento:

-O que deve ser ensinado?

-Como deve ser ensinado?

-Quanto ensinar?

-Quando iniciar o processo de T & D?

-Onde ministrar o T & D?

-Quem deve treinar e desenvolver?

-O que deve ser avaliado?

3ª etapa: Implantação

Nesta etapa é primordial:

-Comunicar, comunicar e comunicar! Todos devem ter muito claros o propósito da ação, o papel da empresa, o papel dos participantes (regras do jogo: deveres e direitos) e os resultados esperados.

-Envolver a administração superior. A atitude "deixar fazer" não é o bastante. Este nível deve participar o mais possível. Exemplos: abrir e fechar eventos de T & D; visitar turmas durante o T & D; realizar palestras o conferências; seguir e avaliar as ações; dar feedbacks.

-Flexibilizar o programa: as ações devem afetar o menos possível a rotina da empresa. Seu dia a dia deve continuar sucedendo normalmente.

-Homogeneizar o nível dos participantes: os indivíduos considerados com grau de conhecimentos insuficientes precisam passar por processos de "preparação prévia supletiva". Já seja porque a empresa mantém atualizado o resultado da comparação "perfil do individuo x perfil do cargo (ocupado ou a ocupar)" ou a pessoa manifeste suas debilidades.

4ª etapa: Avaliação

Claro que esta etapa acompanha todo o processo para ajustar possíveis desvios. Não obstante, precisa ser realizada depois de um tempo estipulado para verificar seu grau de acerto.

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